A Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) provocou uma pandemia que resultou em aumento no número de hospitalizações e consequentemente ao risco de desnutrição hospitalar. Objetivo: identificar o estado nutricional de pacientes adultos internados com COVID-19 e a associação com as variáveis estudadas Método: Estudo retrospectivo descritivo com pacientes adultos internados por COVID-19. A variável principal foi estado nutricional determinado pela avaliação subjetiva global (ASG) na admissão e no desfecho (alta/óbito). Investigou-se também dados demográficos, a terapia nutricional (TN) prescrita, comorbidades, intercorrências do trato digestório, tempo de internação e óbito. Resultados: Foram incluídos 204 pacientes na análise. De acordo com a ASG, 74,5% foram classificados como risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido e 21,1% como desnutrido grave. Houve um agravo no estado nutricional para desnutrição grave durante a internação (21,1 vs. 32,8%; p=0,032). Os pacientes admitidos com desnutrição grave ficaram aproximadamente doze dias a mais internados (p=0,006). Esses pacientes apresentaram quase cinco vezes mais chance de intercorrências gastrointestinais que os não desnutridos graves (50 vs. 17,2%; OR= 4,8; IC95% 1,45-15,8; p=0,007). Os idosos apresentaram mais de 3 vezes mais chance de óbito que os não idosos (52,2 vs. 25,5%; OR=3,2 IC95% 1,1-9,1; p=0,027). Conclusão: Os resultados mostraram uma elevada prevalência de desnutrição entre os pacientes admitidos por COVID-19 e uma piora da desnutrição grave ao longo da internação. Os desnutridos ficaram mais tempo hospitalizados e apresentaram mais transtornos do trado digestório. Palavras-Chave: COVID-19; Desnutrição; Terapia Nutricional; Mortalidade.